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30 de Outubro de 2015

Homilia: Solenidade de Todos os Santos

“Alegrai-vos e exultai. Porque é grande a vossa recompensa nos céus”

Hoje, o nosso caminho se faz a partir da Palavra ouvida e celebrada, caminho seguido pelos discípulos de Jesus e que leva à gloria dos céus, onde uma multidão de irmãos nos permite celebrar a festa de Todos os Santos, esta celebração que nos reconforta na nossa caminhada espiritual.

Celebramos o Mistério pascal de Cristo exaltado nos seus santos que sofreram mas que foram ao mesmo tempo glorificados. Todos eles são exemplos dignos de ser seguidos, como aqueles que já foram inscritos no livro da vida (Ap 20,12).

Bem-aventurados! Proclamando esta mensagem inaudita, deslumbrante com as suas exigências, Jesus nos entrega hoje sua fotografia, ele que viveu as bem-aventuranças em plenitude. Ele é o nosso verdadeiro mestre em santidade, nosso modelo e nosso caminho. Pelo batismo nós temos mergulhado nesta Páscoa, mistério de morte e de ressurreição. Todos os eleitos devem passar por esta provação: “Lavar suas vestes e ser purificados no sangue do Cordeiro” (Ap 7, 14).

O caminho das beatitudes se apresenta de forma dura, às vezes rude, mas o Ressuscitado nos treina para o seu seguimento. Ele nos segura para nos conduzir lá onde mesmo nós não pensávamos e não queríamos ir por nós mesmos. É a sua força que mantém toda a nossa vida e faz crescer em todos o desejo da santidade, pois nós todos fomos feitos para isso. 

Uma santidade não pode ser conquistada à força, mas recebida do Pai, pelo seu Filho como o maior e mais belo presente. A contemplação da santidade de todos os eleitos nos revela hoje a beleza do projeto de Deus sobre a humanidade, a diversidade dos Dons do Espírito e as diversas respostas humanas a estes dons. 

Na oração que segue ao Pai Nosso, o sacerdote diz: “Enquanto vivendo a esperança, aguardamos a vinda de Cristo Salvador”. No latim “Expectamos beatam Spem”; esta é também uma citação da Carta a Tito: “Nós esperamos a bem-aventurada esperança”. (Tito 2, 13).

Caminhemos então na esperança do seguimento das pegadas de Cristo, apoiados pela oração e o exemplo dos santos que a liturgia nos apresenta dia após dia. Avancemos alegres até o dia onde nós poderemos gozar a plenitude dos frutos da vida. Nós faremos parte da roda (Ronda) dos bem-aventurados, expressado assim maravilhosamente pelo Frei Angélico. 

Junto com Maria, ela que é a nossa bem-aventurada esperança. 

Pe. Marco Antonio Forero. PSS.